Anjos nem sempre tem asas

O último fim de semana foi de muita aprendizagem. Entre idas e vindas de Goiana, Ribeirão Preto, Jaboticabal, Araçariguama e São Paulo, subindo e descendo de avião, carro, ônibus e metrôs , conheci gente nova, ouvi "causos",aprendi receitas mas principalmente pude sentir o cuidar de Deus de uma forma, simplesmente maravilhosa. 

Saindo da festa do casamento da Camila (sobrinha de meu marido),fui para o hotel de onde, no dia seguinte seguiria para Araçariguama. Como a bagagem era grande(malas e sacolas),pedi ao meu cunhado que  levasse para casa dele, pois quando voltasse a pegaria. Pois nessa correria deixei o celular dentro da bolsa que havia usado na festa e só fui perceber quando ele já havia ido embora. Fiquei desconcertada, sem  a agenda. Não sabia o número de ninguém. Só tinha uma opção, confiar.

No último ônibus, já indo para Jaboticabal, onde dormiria, para no dia seguinte, seguir para Goiana, Deus colocou na cadeira ao lado, uma irmã (não me lembro o nome dela, agora). Conversamos durante a viagem quase toda. Ouvi seu testemunho e por fim lhe relatei o incidente. Ela prontamente me ofereceu o seu aparelho para que pudesse fazer uma ligação, a cobrar, para alguém conhecido mas não consegui. Pensei: quando chegar na rodoviária, compro um cartão telefônico e ligo para minha nora pois eu sabia que na agenda do computador certamente tinha o telefone do meu cunhado ( e tinha), só que eu havia anotado o número errado.

Aí Deus entra na história. Enquanto conversava com a irmã, no ônibus não sabia que na cadeira de traz estava sentada uma outra irmã que estava escutando a conversa e que Deus já lhe havia dito para me ajudar. Desci em Jaboticabal e o ônibus seguiu seu caminho pois ali era apenas mais uma das muitas paradas.

Deus, que vou fazer?- A irmã Lourdes se aproximou, (até o momento não sabia que ela era minha irmã) e perguntou: posso lhe ajudar? Não tenho muito crédito mas pode contar comigo. - Coloquei crédito no seu telefone, liguei para minha nora e pedi que ela ligasse para o meu telefone na esperança que não tivesse descarregado e que alguém ouvisse. Foi exatamente o que aconteceu. Minha cunhada ouviu, ficou sabendo da minha situação e foram me buscar na rodoviária.

Aquela irmanzinha tão simples, da Assembleia de Deus de Jaboticabal, no final me falou: eu a levaria para a minha casa até você resolver a sua situação mas sozinha você não ficaria. Anjos nem sempre tem asas.

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